Ele(s) estava(m) ali e lá...

Na Cidade de L... os ânimos andavam exaltados. Muita gente junto dum edifício onde se lia "Embaixada de I..." gritava revoltada: "Paz para T..." "Os tratados não valem nada?" "Assassinos..."

Talvez para tentar acalmar os ânimos, um indivíduo sai da Embaixada e tenta explicar que a situação está a ser controlada, que o exército está a fazer o que deve, etc., etc.

Inopinadamente um homem salta da multidão e atira-se ao indivíduo. As mãos engalfinham-se-lhe no pescoço de tal maneira que o sufocam. O homem dizia: "Ele estava lá...".

A raiva era tanta que, depois da polícia os separar, ficou um morto. Polícia que, pelo sim, pelo não, estava de prevenção.

Quando o homem foi preso uma criança agarrou-se a ele e, entre soluços, dizia: "Papá! O homem mau nunca mais me vai fazer mal, pois não?". "Não. - respondeu o homem - Este não vai fazer mais mal a ninguém."

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Num tribunal da cidade de L... um homem foi julgado.

Dizia que tinha morto porque também lhe tinham matado toda a sua família. Só tinha escapado o filho e mesmo assim, muito maltratado e torturado pelo homem que tinha morto e que estava lá... Quem tem coragem para torturar uma criança merece a morte.

A justiça humana (humana não, dos homens, que às vezes é desumana) condenou-o a vinte anos de prisão. Disseram que era uma pena muito branda, mas tinha de ser para servir de exemplo, pois ninguém tinha o direito de fazer justiça por suas mãos. E outras coisas mais...

Mas se o próprio não fizer justiça, quem é que a faz?... A justiça muitas, muitas vezes só protege os criminosos...

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Vinte anos passaram...

À saída duma prisão, na cidade de L..., um rapaz esperava...

Saiu um homem com algumas cãs, um tanto acabrunhado, mas com a face altiva. O rapaz foi ter com ele.

"Pai! Vamos vingar a nossa família? O país de I... já está destruído, mas os maus continuam à solta..."

Se Deus existe, adormeceu. Acordem-no rapidamente. Senão as bestas humanas desaparecem deste mundo. Matam-se umas às outras.

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(Um desabafo... ainda por burilar)