Nove ilhas de bruma
Nove rumores do mar
Nove pérolas encantadas
Num oceano de embalar.
Nove ilhas de sonho
De magia e fantasia
Que convidam a amar.
Viver numa ilha
É ser poeta
Nas contingências da geografia
E do tempo
Envolto no calor
Da lava dos vulcões
Na humidade da bruma
Que cai sobre os cabelos
Na frescura da brisa
Que sopra no rosto
É viver numa condição simultânea
De isolamento
E de sentimento de pertença
Aos mundos do outro lado do mar
É viver num mundo de água pura
É ter uma grande
Um infinita canção do mar
De embalar
E de amar.
Horta – 12/01/2002