Alguns Princípios no Universo

 

Tudo o que existe no Universo sempre existiu e sempre existirá.


 

A forma de cada ponto do que existe no Universo será sempre variável na sua forma propriamente dita assim como na sua velocidade de deslocação.


 

Cada ponto do que existe no Universo interagirá eternamente com todos os outros pontos e não só sofrerá como também produzirá modificações na sua forma e velocidade de deslocação, assim como na forma e velocidade de deslocação dos outros pontos todos. Isto é, haverá interacções entre todos os pontos.



 

Tentemos explicar.

Suponhamos que tudo o que existe no Universo se decompõe em pontos ou antes em coisas minúsculas.

Suponhamos que cada uma dessas coisas tem uma forma qualquer. Essa forma não será evidentemente constante nem forçosamente igual a qualquer outra. Amachucar-se-á, digamos assim, de um lado ou outro na sua interacção com as outras todas.

Mas dessas coisas, o todo de cada uma manter-se-á sempre e nunca se reduzirá a nada. Se assim não fosse, então esse nada não seria o nada mas sim a potencialidade de qualquer coisa.

A velocidade dessas coisas no seu percurso por onde quer que estejam será sempre variável, ainda que se possa considerar constante em determinado período de tempo.

Seria muito difícil e até mesmo impossível manter-se uma velocidade ou uma forma constante de qualquer coisa.


Julho de 2001


A velocidade da luz não pode ser constante.

Se a velocidade da luz ou qualquer outra velocidade fosse constante, a relatividade seria uma mentira.

Para mim há, pelo menos, dois princípios no Universo que não consigo demonstrar, mas que, para mim, foram intuitivos. Raciocínio intuitivo ou simplesmente pura intuição. Muitas vezes digo coisas que nem sequer ouso pensar que tenham sido deduções minhas, pois, para mim, são tão evidentes que até penso que já as li ou vi em qualquer lado. Talvez até nas escolas em que andei. Ainda um dia destes um meu amigo me disse que aquele assunto que eu em tempos mencionei sobre a focagem do olho humano, nunca o tinha visto em lado nenhum. Será que fui eu o primeiro a referi-lo? Não acredito. Para mim, tenho a impressão de o ter lido em qualquer manual da escola. Senão vejamos. Quando olhamos para um objecto perto com um panorama de fundo, qual deles está mais bem focado? O objecto perto de nós ou os outros objectos mais distantes? Não tenhamos dúvidas. Todos estão muito bem focados. Como poderia isto acontecer se a nossa vista não captasse muitas imagens em pouco tempo? Talvez ao ritmo da pulsação do nosso coração? Os nossos olhos devem variar a focagem de zero ao infinito várias vezes num minuto. Só falta saber se os outros animais não terão outra visão de acordo com as pulsações dos seus corações que, evidentemente, não deverão ser as mesmas em todos.

Mas voltemos ao assunto dos dois princípios no Universo.

Um será que no Universo nunca existirá um qualquer objecto ou qualquer coisa com a velocidade zero, qualquer que seja a velocidade a considerar.

Outro será que no Universo nunca existirá uma velocidade constante, qualquer que seja a velocidade a considerar.

Podemos, claro, considerar velocidade como sendo uma situação temporal da alteração de qualquer coisa em relação a um referencial.

Talvez nunca consiga explicar isto. Mas, para mim, é intuitivo. Talvez um dia no futuro alguém me dê razão.


Maio de 2007