Vêde
o
Céu
De
azuis
divinais
Com
matizes
reais
Que
nenhum
Pintor
Reproduzirá
jamais.
Vêde
a
Terra
Espraiando-se
no
horizonte
Em
protuberâncias
exóticas
Modeladas
por
um
Escultor
Que
agarrando
a
lava
Que
das
suas
entranhas
brotava
Fez
coisas
fantásticas.
Vêde
as
Nuvens
De
um
branco
acinzentado
Fugindo
perseguidas
pelo
Vento
Prenhes
das
lágrimas
de
todos
nós
Que
irão
ser
vertidas
bem
longe
Em
mil
e
uma
gotas
de
água
Para
mitigar
as
nossas
mágoas.
Vêde
o
Rio
Com
a
água
sussurrando
Por
entre
as
pedras
Dizendo
muitos
segredos
Para
quem
os
quiser
ouvir
E
levando-os
para
longe.
Vêde
o
Mar
Com
um
verde
belo
Tirado
dos
olhos
de
uma
Deusa
Que
vive
nele
Qual
Sereia
escutando-nos
E
a
mim
também
a
dizer
Que
amo
tanto
o
Mar
Que
nem
tenho
medo
De
nele
ficar.
E
as
suas
águas
beijando
As
costas
e
penhascos
Levando
os
meus
segredos
Desfeitos
em
espuma
E
que
ninguém
quis
ouvir.
Vêde
o
Sol
Com
a
carícia
dos
seus
raios
De
uma
beleza
infernal
Aquecendo
os
corações
De
quem
o
sabe
entender.
Vêde
a
Lua
Com
a
sua
face
gelada
Numa
noite
de
Verão
Murmurando-nos
baixinho
Que
o
seu
Amor
nos
embala.
Vêde
as
Estrelas
Que
a
tremeluzir
Piscando
os
olhos
nos
dizem:
Vinde
por
entre
nós
Que
nós
vos
ensinaremos
Tudo
que
quiserdes
E
souberdes
aprender.
Vêde
Tudo
isto
E
ficareis
feliz
Por
serdes
nada
Um
quase
nada
Inserido
nesta
ordem
desolada
E
pertencendo
Eternamente
A
isto
Tudo.
Abril 2001
(Em aperfeiçoamento) (Substituído pelo n. 1)